quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Historia do Chile


 Historia do Chile


Antes do século XVI, o território do que hoje é o Chile foi habitado por múltiplas e diferentes raças, possivelmente de origem polinésia e asiática. Suas extensas costas viram-se povoadas por diversos grupos de pescadores de condição primitiva. 
Em 1494, o Tratado de Tordesillas ratificava a repartição da América entre Espanha e Portugal, concedendo tudo o território ao oeste do Brasil à Espanha, consolidando rapidamente sua autoridade formal e, para meados do século XVI, controlava a maioria da área estendida desde a Florida e México até o Chile Central. No mesmo período fundaram a maioria das cidades importantes da América do Sul, incluindo Lima, Santiago, Asunção e a Paz.
A expansão naval militar e colonizadora da Espanha, iniciada em 1492, alcançou também o Chile. Aos finais de 1520, a esquadra de Fernando de Magallanes descobriu o estreito que leva seu nome e a parte sul do país. Mas foi apenas uma viagem de reconhecimento geográfico, sem nenhum propósito colonizador. 
Antes do assassinato do Pizarro em 1541, Pedro de Valdivia recebeu a missão de conquistar o Chile. Após algumas dificuldades, Valdivia realizou o fracassado plano de Almagro. Partiu de Cuzco como tenente governador do Pizarro e realizou uma esforçada caminhada pelo Deserto de Atacama até alcançar o Vale de Copiapó. Depois de 11 meses acampou no Vale do Mapocho, aonde fundou Santiago, o 12 de fevereiro de 1541. Ali, como primeira medida, constituiu-se um Cabildo para a adequada administração do novo povoado. Seis meses depois seu exército foi aumentado a 500 homens com assistência e reforços do Peru. Enquanto isso fundaram as cidades de a Serena e Valparaíso. Valdivia também avançou para o sul, fundando Concepción, Valdivia e Villarica. Apesar de sua morte na batalha de Tucapel em 1553, às mãos das forças Mapuches dirigidas pelos famosos caciques Caupolicán e Lautaro, Valdivia foi quem realizou o trabalho preliminar para fundar uma nova sociedade, assentando os elementos essenciais da futura cultura chilena.
Após a crise do regime colonial, o 18 de setembro de 1810 formou-se a Primeira Junta de Governo, que marcou o começo da emancipação. Este processo afiançou-se em 1818, quando assumiu o mando do país o general Bernardo O´Higgins e emitiu-se a Declaração da Independência. O´Higgins foi obrigado a se demitir no ano de 1823.
Depois de ensaiar diversos sistemas constitucionais, o país logrou organizar-se como república, incorporar regiões ainda não ocupadas e avançar em seu desenvolvimento: a economia agrária muda a uma capitalista, baseada na grande exploração da mineração, o comércio e a banca.
Durante a segunda metade do século XIX, o país alcançou uma prosperidade extraordinária que o situou entre os primeiros da América Latina. Após a Guerra do Pacifico com o Peru e a Bolívia (1879-1883), o país estendeu seu território para o norte e ganhou as riquezas do salitre e o cobre. As idéias da Europa e a ética liberal selaram a transformação social. A segunda revolução de 1891 significou o triunfo da tendência liberal e do parlamentarismo, e fechou este período.
Os avanços obtidos ficaram freados nas primeiras décadas do novo século, no meio de aguda crise social, moral e política. Os fatos conduziram a importantes mudanças políticas de inspiração democrática, que afetaram o domínio oligárquico e abriram caminho à manifestação pública da classe média e o proletariado. 
Em 1925 uma nova Constituição restituiu o poder ao presidente e estabeleceu a separação da igreja e o estado. Após curto período de anarquia, restabeleceu-se a ordem constitucional e os governos segeram-se democraticamente: entre 1946 e 1970. Implementou-se uma maior intervenção estadual na economia e impulsionou-se um processo de industrialização destinada á substituir as importações. Consolidou-se o movimento gremial e a classe média alcançou grande influência. A difusão da educação elevou a cultura e preparação dos habitantes. As artes adquiriram uma notável atividade. 
Após o término  do mandato do presidente Frei Montalva, em 1970, assumiu a presidência Salvador Allñende, quem chefiou uma batalha política da esquerda e iniciou a chamada "via chilena ao socialismo". Muito cedo a polarização política amenizou a convivência democrática e a ordem institucional.
Em 11 de setembro de 1973, as forças armadas deram um golpe de estado e derrotaram o presidente Allende. Iniciou-se um governo autoritário, chefiado pelo general Augusto Pinochet, e com isso a mais longa interrupção democrática da história do país.
O modelo econômico do livre mercado implantado provocou uma mudança profunda na estrutura econômica do país, particularmente no setor exportador, elevando a competitividade internacional da economia. Em 1981 começou a reagir uma nova Constituição política.
Em outubro de 1988, mediante plebiscito. Os cidadãos rejeitaram a prolongação do regime do general Augusto Pinochet, dando passo à transição à democracia. Nas eleições presidenciais de 1989 triunfou amplamente Patricio Aylwin, candidato da oposição era do Partido pela Democracia.
Em 11 de março de 1990 assumiu o mando o presidente Aylwin e restituiu-se o regime democrático. O modelo econômico incorporou fortemente a variável social: o crescimento com equidade. Nas últimas eleições do dia 11 de dezembro de 1993, foi eleito o presidente da república Eduardo Frei Ruiz Tagle, com o 57,9 % dos votos. Assumiu o mando o 11 de março de 1994 e atual presidente chama-se Ricardo Lagos 


Agricultura, pecuária, silvicultura e pesca

No ano 2000 os setores agropecuário, florestal e pesqueiro da economia chilena contribuíram com cerca de 5,9% para a formação do PIB e empregaram aproximadamente 13,7 % da força de trabalho. Em 2000, os produtos daqueles setores representaram 9,3% do valor das exportações totais do Chile, com US$ 1.749,1 milhão. Naquele mesmo ano, o crescimento do PIB setorial foi de 5,2% para o setor agropecuário e florestal e de 16,9% para o setor pesqueiro.
Em 2001, os mesmos produtos significaram 5,6% do PIB do país (queda de 1,5% em relação a 2000) e 9,7% do valor das exportações totais do país (US$ 1.722,1 milhão). A agricultura chilena dedica-se, principalmente, aos cultivos de trigo, aveia, cevada, arroz, milho, feijão, batata e beterraba.



 Mineração

A maior riqueza natural do Chile são suas imensas reservas de minerais, que corresponderam, em 2001, a 42,4% do valor das exportações do país e a 8,3% do PIB. Comparativamente a 2000, houve em 2001 forte queda (12%) do valor das exportações do setor. Em 2001, o cobre representou, em valor, 87,2% das exportações chilenas de minérios.
Em 2001, o setor da mineração representou pouco menos da metade do valor das exportações do país (42,4%) e teve uma participação de 8,3% na formação do PIB. Também em 2001, o cobre representou cerca de 87% da exportação mineral do país, cujos destinos mais importantes são: Ásia 40,0%; Europa 31,9%; e América 27,6%. O Chile produz quase 35% do mineral de cobre do planeta, respondendo por cerca de 40% do mercado mundial. Outros produtos minerais também importantes são: minério de ferro, molibdênio, ouro, manganês e zinco.

MOEDA

A unidade monetária do Chile é o peso ($), dividido em centavos que, na prática, não são utilizados. É uma moeda livremente conversível. Há três diferentes taxas de câmbio do peso em relação ao dólar norte-americano:
a) “dólar de referência” ou “dólar acuerdo”: valor fixado pelas autoridades do Banco Central, em função das variações observadas nos mercados internacionais por uma cesta de moedas relevantes para o comércio exterior chileno. Na prática, o dólar “acuerdo” tem caráter meramente referencial, já que determinava os limites inferior e superior do sistema cambial da “faixa de flutuação”, existente até meados de 1999.
b) “dólar observado” ou “dólar de mercado”: corresponde ao valor médio das operações de compra e venda de dólares realizadas pelos diversos bancos comerciais da praça, sendo válido para todas as operações com acesso ao mercado formal de divisas, isto é, importações, exportações, liquidação de divisas ou remessa de lucros associados a investimentos estrangeiros etc.
c) “dólar paralelo” ou “dólar informal”: nos últimos anos, em especial desde 1988, o valor do dólar paralelo se situou muito próximo e apenas ligeiramente superior ao “dólar observado”. Essa tendência acentuou-se recentemente, estando o valor do câmbio informal igualado ao valor do câmbio observado.


SISTEMA BANCÁRIO

O sistema bancário é regulado pelo Banco Central do Chile (órgão autônomo) e pela Superintendência de Bancos e Instituições Financeiras, entidade vinculada ao Ministério da Fazenda. Há 26 instituições financeiras comerciais, sendo que 25 são bancos comerciais e a entidade restante é uma financeira.
Dentre eles, os principais são o Banco de Chile, o Banco de Santiago, o Banco Santander e o Banco do Estado do Chile. O principal grupo do setor é o Santander-Central Hispano (SCH), que, em abril de 2002, comprou 35,45% do capital social do Banco Santiago, elevando para 77,9% sua participação acionária nesse banco. A operação significou o início do processo de fusão de dois dos maiores bancos do Chile, o Santiago e o Santander, criando uma empresa que passará a ter cerca de 28% do total das aplicações do sistema financeiro chileno.
O sistema financeiro chileno, durante os últimos anos, foi objeto de várias mudanças; entre elas, podem-se citar uma significativa quantidade de fusões e, mais recentemente, a introdução de modificações na normativa bancária visando à internacionalização do sistema bancário. Atualmente, o único banco brasileiro com presença no Chile é o Banco do Brasil, que opera regularmente no financiamento do comércio exterior entre os dois países.




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