sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Aspectos Físicos do Chile


Aspectos Físicos Do Chile



 Clima: Devido a sua extensão em latitude, o Chile apresenta todos os climas característicos das regiões ocidentais dos continentes, com exceção dos tropicais úmidos e polares.No norte, fica o deserto Atacama, onde Iquique tem uma temperatura média anual de 18°C e registra precipitações ínfimas. A partir dos 30º de latitude sul, o Chile central se caracteriza por um clima mediterrâneo, com temperatura média anual de 14°C e precipitações de 360mm, com acentuada seca estival. Em direção ao sul ocorre uma queda de temperaturas e um aumento de precipitações, graças à umidade trazida pelos ventos oceânicos do sudoeste; Valdivia, cidade típica desse clima temperado oceânico, apresenta temperatura média anual de 12°C e precipitações de 2.510mm. O extremo sul do país, devido à grande altitude, é dominado por um clima subpolar.Nas regiões montanhosas ocorrem climas de tundra e de altas montanhas acima de quatro mil metros.



 Relevo: O Chile possui relevo acidentado, mas de estruturas simples e bem ordenadas em três zonas:Na parte oriental encontra-se a primeira zona de relevo: a cordilheira dos Andes que apresenta uma topografia maciça e imponente. Desde sua formação, essa região montanhosa é atingida por um vulcanismo quase permanente e por freqüentes movimentos sísmicos. No centro e norte dos Andes chilenos, os grandes vulcões, em atividade ou extintos (alguns cobertos por geleiras), constituem as maiores altitudes da cordilheira, como o pico Ojos del Salado (6.893m) e o monte de Llullaillaco (6.723m). Em direção ao sul, a altura diminui até dois mil metros na Terra do Fogo. A cordilheira se divide em inúmeras ilhas, estreitas e largas onde, devido à latitude, a ação dos gelos é muito acentuada. O relevo contínuo da cordilheira dificulta o acesso; no norte, as passagens naturais se localizam a altitudes próximas ou superiores a quatro mil metros (passos de Socompa e San Francisco) e ao sul de Santiago alguns vales transversais de origem glacial facilitam o acesso à Patagônia argentina.A segunda zona longitudinal também se estende de norte a sul aos pés da cordilheira andina. Trata-se de uma depressão parcialmente preenchida com aluviões(solos que se formam em lugares fora da rocha matriz; podem também serem chamados de aluviais) e depósitos de vários detritos que formam planícies estreitas e descontínuas, sobretudo nos pampas desérticos do norte (deserto de Atacama, pampa do Tamarugal), e no grande vale central que se estende entre Santiago e Puerto Montt, e que inclui as bacias dos rios Maule e Bío-Bío. 

 Vegetação: Quando se avista pela primeira vez o complexo de montanhas do Parque Nacional de Torres del Paine, no sul do Chile, a sensação é de que se está chegando, literalmente, ao fim do mundo, a um dos poucos cantos da Terra onde a natureza permanece praticamente intocada. Pelo caminho, uma vegetação semelhante à savana se espalha por quilômetros ao longo da estrada, numa mistura de areia e árvores retorcidas.




Hidrografia: O Chile possui 8.150 km² de água. Sua hidrografia é cheia de rios curtos e sem nenhum afluente de cada um deles. A pequena distância que existe entre a cordilheira dos Andes e o oceano determina a configuração de uma rede hidrográfica de rios curtos e pouco articulados (correm paralelamente uns aos outros). O regime fluvial está diretamente relacionado com as condições climáticas: os rios do norte são pouco caudalosos e de regime muito irregular, devido à aridez do clima. O mais importante é o Loa, o único que consegue desembocar no oceano. Em direção ao sul, aumenta o número de cursos fluviais, bem como o volume de suas águas, alimentado pela fusão das neves e pelas chuvas cada vez mais abundantes; no centro e no sul do país, destacam-se os rios Copiapó, Huasco, Limari, Maipo, Bío-Bío, Valdivia e Maullín.

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